A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS-ANEXO) capturou nesta semana dois homens procurados por assassinatos ocorridos há mais de uma década. A unidade foca nos crimes sem autoria e desenvolve um trabalho investigativo para identificar, localizar e prender os suspeitos. Na última segunda-feira (13) a unidade prendeu Marlom Williams Teixeira Parede, 35, e na quinta-feira (16) capturou José Oston Ramos Barbosa, 35, ambos procurados por assassinatos ocorridos em 2005.

O delegado-adjunto da DEHS-ANEXO, Roberto Campainha, explicou sobre a importância em dar seguimento nas investigações antigas e o quanto é importante concluir o inquérito policial. “A gente tenta resolver aqueles casos que dá, alguns não conseguimos, mas quando se descobre a autoria e conseguimos êxito na prisão do autor, é uma felicidade para nós e, principalmente, para a família da vítima. Eles ficam aliviados e com o sentimento de dever cumprido”, explicou o delegado, ressaltando que é dever da PC não desistir da investigação dos inquéritos.

Segundo Campainha, a Polícia Civil possui 30 dias de prazo para enviar um inquérito policial para a Justiça e, no poder judiciário, após ser analisado, o procedimento segue para o Ministério Público, onde passa por outra avaliação. “Os prazos são curtos para que a autoridade descubra a autoria e quando vence o delegado tem que mandar o processo para o Juiz, que repassa para o MP e lá eles verificam e acaba que o procedimento retorna para a delegacia e a nossa equipe toda se empenha pra identificar, localizar e retirar o autor da sociedade”, contou.

Campainha ressaltou que a principal dificuldade nesses crimes é a coleta de informações. “Muitos não se lembram dos detalhes porque como foi há muitos anos então quando nosso policial vai para a rua investigar, as pessoas não sabem mais como aconteceu e isso dificulta, mas mesmo diante desses problemas nós conseguimos em muitos casos descobrir o autor. E quando descobre, a localização fica por uma questão de tempo”, esclareceu. “É muito triste ouvir os depoimentos dos parentes, eles choram então precisamos dar a resposta”, finalizou.