Operação ocorreu no bairro União, Zona Centro-Oeste, e teve como principal objetivo localizar envolvidos em homicídios na cidade

Com quase cinco meses de uma investigação meticulosa, o planejamento estratégico foi crucial para a deflagração da operação “Anúbis”, realizada nesta quinta-feira (16), com objetivo de prender criminosos de uma facção criminosa que atua no Amazonas e também no Rio de Janeiro. A ação policial foi comandada pelo delegado Paulo Martins, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

Martins revelou que a operação foi realizada após o registro de um triplo homicídio ocorrido em novembro de 2018. Três pessoas que residiam no bairro União, Zona Centro-Oeste, foram sequestradas, torturadas e depois mortas. Os corpos foram encontrados no conjunto Tiradentes, Zona Centro-Sul. De acordo com o titular da Homicídios, o bom planejamento da unidade e o trabalho meticuloso da investigação foram de grande importância para a realização da operação.

“Assim que tomamos conhecimento do triplo homicídio, nós começamos a investigar, foi um trabalho difícil, tivemos de ser paciente, coletamos informações com familiares, moradores, auxílio de câmeras de segurança e, assim, conseguimos identificar todos os envolvidos”, explicou o delegado, ressaltando que os depoimentos de parentes, moradores e, principalmente, o recebimento de informações anônimas foram cruciais para a identificação dos envolvidos.

O titular da DEHS contou que toda a operação ocorreu dentro da normalidade e cerca de 150 policiais participaram da ação, que ocorreu às 6h. “Transcorreu tudo bem, o que foi crucial nessa operação foi o nosso planejamento, que de certa forma, ajudou bastante. O número de policiais envolvidos também intimidou e, por isso, houve normalidade”, contou Martins. A finalidade da operação é retirar de circulação pistoleiros de alta periculosidade.

“Nossa finalidade foi coibir os homicídios naquela área, no bairro da união, onde tem uma guerra de facções. Baseada no triplo homicídio de novembro. Descobrimos sete envolvidos, quatro foram presos, um menor apreendido e três estão foragidos”, ressaltou, destacando que a principalmente dificuldade durante a investigação foi a identificação dos envolvidos no crime. “A colaboração da sociedade é muito importante”, afirmou.

O nome da operação se deu por conta do deus egípcio “Anúbis”, considerado um deus da morte. “Colocamos esse nome porque o nosso alvo é considerado um dos líderes da facção e ele que coordenava as execuções dos rivais. Ele está foragido, mas vamos localizá-lo e prendê-lo”, finalizou o delegado titular da DEHS, Paulo Martins.