
Delegado Sinval Barroso (esquerda) é diretor do DRCO e coordenou as investigações; ao lado o delegado-geral da PCAM, Lázaro Ramos
Com intenção de prender os principais envolvidos no plano do massacre dos 55 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) em maio deste ano, o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) deflagrou em seis cidades do Brasil a operação “Guará’. A ação foi integrada com polícias de outros estados e também da Secretaria Executiva-Adjunta de Inteligência (SEAI), da SSP-AM,.
Vinte pessoas foram, sendo 16 em cumprimento de mandado de prisão e quatro em flagrante. De acordo com o diretor do DRCO, delegado Sinval Barroso, foram apreendidos R$ 40 mil reais, armas de grosso calibre, drogas, carros, motos e aparelhos eletrônicos. A operação foi realizada nas cidades de São Luís, Imperatriz e Estreito, todas em Maranhão, Florianópolis (SC), Natal (RN) e Teresina (PI).
Objetivo
A operação “Guará” teve como principal objetivo localizar e prender os principais envolvidos no plano de morte dentro do Compaj, que resultou em uma chacina nos dias 26 e 27 de maio deste ano. Entre os envolvidos estavam dois irmãos do narcotraficante José Roberto Fernandes Barbosa, o “Zé Roberto da Compensa”, e o cunhado.
“A operação denominada ‘Guará’ teve como objetivo prender os mentores do massacre, todos os envolvidos, a investigação ainda não acabou, está só começando, mas o que é mais importante é essa forma integrada que fazemos, temos que destacar as polícias Civil de Maranhão, Santa Catarina e Rio Grande do Norte, não importa que se espalhe, onde (o criminoso) estiver nós vamos buscar”, disse.
Investigação
O delegado Mário Junior, também integrante do DRCO, explicou sobre o caso. De acordo om ele, um dos integrantes da facção criminosa que atua no Amazonas foi à Teresina, no Piauí, a convite do restante do grupo e lá foi feito refém. Conforme as investigações, ele foi levado para o Maranhão, torturado por dois dias e depois morto com tiros no rosto.
“Até o presente momento da operação conseguimos reunir elementos suficientes que apontam a participação dessas pessoas para que houvesse resultado em um massacre, o objetivo era esse, conseguir esclarecer os meios empregados, a motivação e as pessoas que participaram dessa onda de massacre”, explicou.
Segundo o delegado Normando Barbosa, o homem morto foi identificado como Magdiel Barreto Valente, o “Magnata”, uma das pessoas de confiança do narcotraficante João Pinto Carioca, o “João Branco”. Ele foi obrigado a gravar um vídeo, dizendo que havia ido ao Piauí para matar os próprios comparsas. O vídeo foi divulgado como “Salve” para os integrantes da facção
Os integrantes
Os presos foram identificados como Maria Cléia Fernandes Barbosa, 45, irmã de “Zé Roberto da Compensa”, seu companheiro Marcelo Frederico Laborda Júnior, o “Marcelinho”, 29, Charles dos Santos Rodrigues, o “Charles BB”, 29, irmão de “Zé Roberto”, Andreza Rodrigues Lobo, 34, Leandro dos Santos Chaves, 25, Rômulo Raphael dos Santos Morais, Daniel Fernandes Benvindo de Sousa, 21, Franco Jorge da Conceição, 31, Ivone de Araújo Mutimo, 37, Marcilena Sanches Pereira, 44, Rachel Barbosa de Oliveira, 37, Romário Ramalho Pinto, 25, Sinélia Silva Prata, 48, José Lobo Rodrigues, 36, Marlison Prata Mutimo Silva.
Fotos: Ribamar Xavier
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