Dra. Carla Biaggi em atividade na DEMA

A vontade era de ser apenas uma advogada dedicada, mas o destino levou Carla Biaggi , aos 24 anos, a ser delegada de Polícia Civil do Amazonas em 2001. Hoje, com quase 18 anos de serviço prestados à sociedade manauara, Dra. Carla afirma que a mão de Deus foi quem a ajudou a ser delegada.

“Eu terminei a faculdade com 23 anos e com 24 passei no concurso em 2001. Eu não tinha essa pretensão de ser delegada, queria ser advogada, queria advogar, mas acredito que foi a vontade de Deus, que eu passasse no concurso para ser delegada de polícia”, conta ela.

Mulher guerreira

Biaggi relembrou que sua dedicação aos estudos foi uma tarefa difícil, pois enquanto cursava Direito na faculdade, tornou-se mãe de uma menina, que hoje possui 21 anos e tem muito orgulho da mãe. Segundo a delegada, a conciliação entre maternidade, estudos e atividade policial foi muito difícil.

“Quando me formei, eu já era mãe, entrei na Polícia Civil e minha filha já tinha 2 anos. Na época foi muito difícil conciliar maternidade com atividade policial. Eu não tinha com quem deixá-la e sempre a trazia para a delegacia, então ela cresceu me vendo trabalhando na delegacia”, relembra.

Biaggi enquanto cursava na Academia de Polícia Civil do Amazonas

Passagens

Após ser formar na Academia da Polícia Civil, Carla Biaggi passou por diversas delegacias em Manaus, Amazonas. A maior parte de seus serviços foram prestados na Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública. Passou também pela assessoria jurídica da Polícia Civil do Amazonas, unidade de apuração de ilíticos penais até chegar a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA).

“É uma delegacia especializada, tratamos de crimes ambientais, contra fauna, ordenamento urbano, patrimônio histórico, maus-tratos a animais, é uma delegacia muito importante porque visa coibir práticas de degradação, temos que preservar a natureza, temos a atribuição de coibir crimes ambientais”, conta.

Casos impactantes

Durante sua carreira policial, Biaggi destacou dois casos que marcaram sua trajetória como delegada. No início ela citou um caso de estupro de vulnerável no qual a vítima foi uma criança abusada pelo avô. Segundo ela, foi um de seus primeiros casos e foi muito difícil lidar com a situação.

“Eu não estava acostumada com esse tipo de situação, marcou muito, eu chorei bastante”, disse ela.

Outro caso foi enquanto já era titular da DEMA. Conforme Biaggi, o caso de um cachorro mantido em cativeiro chamou demais sua atenção e exigiu muito de seu psicológico.

“Fiquei sem dormir por dias porque na delegacia não podemos resgatar, mas a situação era muito triste, e no dia seguinte acionei alguns órgãos e fomos resgatar o cachorro”, relatou.

Fotos: Divulgação

Texto: Assessoria Adepol-AM